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Desdobramento - 17/02/2024, 16:23 - Isabela Cardoso / Portal A Tarde

Bruno Monteiro fez contato com produtor cultural após caso de racismo

Profissional denunciou ter sido vítima de racismo durante entrega de benefício de serviço

Profissional denunciou ter sido vítima de racismo durante entrega de benefício de serviço
Profissional denunciou ter sido vítima de racismo durante entrega de benefício de serviço |  Foto: Arquivo pessoal / AG. A TARDE

O produtor cultural Jonas Bueno, 30 anos, denunciou ter sido vítima de racismo enquanto prestava serviço no Carnaval no Pelourinho, na última segunda-feira (12). Ele é idealizador do Focus Moda e Produção e foi contratado para trabalhar na folia da Praça Pedro Arcanjo, promovida pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-Ba). Informações obtidas pelo grupo A TARDE revelam que o secretário de Cultura, Bruno Monteiro, entrou em contato com o jovem após o caso.

A Secult disse que assim que tomou conhecimento da denúncia determinou o afastamento imediato das pessoas envolvidas no caso. Ainda segundo o órgão, em nota, o titular da pasta estadual procurou Jonas para prestar solidariedade e pedir desculpas pelo ocorrido.

No âmbito das medidas tomadas após a ciência da acusação feita pelo produtor, a secretaria explicou que incentivou a denúncia realizada pela vítima e vai continuar acompanhando o caso de perto, destacando que não "compactua com qualquer tipo de discriminação".

Entenda o caso

Em entrevista ao grupo A TARDE, Jonas Bueno contou que cada trabalhador do Carnaval tinha acesso a um benefício diário de R$ 25 para alimentação e retirava o valor no Colégio Estadual Azevedo Fernandes. No local, duas mulheres que faziam o pagamento da quantia pediram para que entrassem apenas de duas em duas pessoas, por falta de dinheiro trocado.

No entanto, Jonas relatou que, ao entrar, elas pediram para que ele se retirasse alegando que não se sentiam confortáveis com a presença dele.

“Saíram algumas pessoas e ficou somente uma lá conversando e eu peguei e sentei para guardar para mim e um outro colega, que é produtor também, adentrar [...] Foi nesse momento que uma delas me perguntou se eu poderia sair, pediu pra eu me retirar. Eu disse ‘mas sair por quê? Eu estou aguardando o meu valor’. Ela insistiu, eu disse ‘olha só tinha outra pessoa aqui sentada e você não mandou sair, por que eu devo sair?’ Ela ‘olha só, eu estou mexendo com dinheiro, certo? E não me sinto confortável com a sua presença aqui, estamos sem segurança’. Nesse momento eu rebati com ela, que eu achei desagradável a forma que ela falou comigo”, contou.

Jonas contou que chegou a sair da sala e, ao retornar, um segurança ficou à sua esquerda e outro atrás dele. Dentro do local, o produtor disse às mulheres que tomaria providências sobre a situação. “Eu falei para ela que ela estava precisando de letramento racial e precisava aprender a lidar com as pessoas. Eu disse que iria tomar minha providência”, completou.

O produtor prestou queixa na delegacia no dia seguinte ao ocorrido.

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