A rede pública estadual de saúde recebeu um investimento daqueles para melhorar o atendimento oferecido aos pacientes renais crônicos. O Hospital Ana Nery, em Salvador, recebeu 17 novas máquinas de hemodiálise, o que vai impactar diretamente no avanço do serviço prestado ao paciente submetido à terapia renal substitutiva.
Essa terapia é um tratamento oferecido aos pacientes com disfunção renal, ou seja, pessoas cujo rim perdeu a capacidade de filtrar o sangue. A hemodiálise é uma das modalidades da terapia renal substitutiva que possui a função de limpar o sangue de maneira mecânica.
O investimento para garantir a chegadas das novas máquinas de hemodiálise, que exercem a função do rim do paciente, foi de R$ 927 mil. Os equipamentos de ponta vão atender a 144 pacientes que realizam o tratamento de hemodiálise no Hospital Ana Nery, referência na área na Bahia.
José Vasconcelos, conselheiro de saúde da Bahia e presidente do Instituto Renal Bahia, apontou a importância das novas máquinas para a população do estado que depende desse serviço.
“Uma máquina de hemodiálise custa mais que um carro popular, é um equipamento caríssimo”, disse José. “Do outro lado, o que existe é uma necessidade real. Há uma demanda muito alta de pacientes que estão internados por falta de realização de sessões de hemodiálise, com risco inclusive de vida. Com a chegada dessas 17 máquinas, a perspectiva é de melhora nesse quadro”, explicou o presidente.
Ainda segundo o conselheiro, o cenário piorou nos últimos anos. “O que estamos colhendo depois da pandemia da covid-19 é um acréscimo de doenças renais na Bahia e no Brasil, e faltam equipamentos para atender a demanda de pacientes”, contou.
Ainda no cenário das doenças que têm a hemodiálise como opção de tratamento, nessa quarta-feira (17) é celebrado o Dia Internacional da Hemofilia, uma alteração genética de alta predominância masculina que provoca um distúrbio na coagulação sanguínea.
O Brasil possui a 4ª maior população mundial de hemofilia, sendo que 36,1% dos pacientes têm a forma mais grave desta enfermidade, segundo a World Federation of Hemophilia (Federação Mundial de Hemofilia). Um dos objetivos de comemorar essa data é chamar a atenção da população para a existência da doença, promovendo consciência coletiva e aumentando a busca pelo diagnóstico precoce e tratamento adequado.